Hades na mitologia grega, é o deus do mundo inferior e dos mortos.
Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta também ser chamado Serápis (deus de obscura origem egípcia).
É considerado um deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia, formava com seus cinco irmãos os Crônidas: as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens Poseidon e Zeus.
Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone (Koré ou Core) filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.
Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos, faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como Tanatos, deus da morte, ou as Queres (Ker) - estas últimas retratadas na Ilíada recolhendo avidamente as almas dos guerreiros, enquanto Tanatos surge nos mitos da bondosa Alceste ou do astuto Sísifo.
Como o senhor implacável e invencível da morte, é Hades o deus mais odiado pelos mortais, como registrou Homero. Platão acentua que o medo de falar o seu nome fazia usarem no lugar eufemismos, como Plutão.
Origem: guerra de titãs
Temendo uma profecia que dizia que seria derrotado por um dos filhos, Cronos passou a devorar os filhos tão logo sua mulher, Reia, os tinha. Assim ocorrera a todos os filhos que teve, à exceção de Zeus que, para ser poupado, foi num ardil materno trocado pela mãe por uma pedra.Segundo Apolodoro e Hesíodo, Cronos os devorou na seguinte ordem: primeiro a Héstia, em seguida Deméter e Hera e, mais tarde, a Hades e Poseidon.
Crescendo, o jovem deus teve novamente a ajuda materna para auxiliá-lo: Reia fez com que o marido engolisse uma beberagem que o forçou a vomitar os filhos presos dentro de si. Uma vez libertos, os irmãos ficaram solidários a Zeus, no combate contra o pai. Postaram-se, então, no monte Olimpo e, com ajuda dos titãs hecatônquiros, combateram os outros titãs, que se posicionaram no monte Ótris, numa batalha que durou dez anos.
Os titãs solidários aos olímpicos — Briareu, Coto e Giges — deram aos três irmãos suas armas: a Zeus os raios, a Poseidon o tridente; a Hades coube um capacete, que o tornava invisível. A derrota de Cronos deu-se com o uso das três armas: Hades, invisível com seu elmo, roubou ao pai suas armas e, enquanto Poseidon o distraía com o tridente, Zeus o fulminou com seus raios.
Sendo o mundo dividido em três partes, Zeus procedeu à divisão por sorteio dos reinos entre si e os dois irmãos: para si ficou a Terra e o Céu, a Poseidon coube os mares e rios, ao passo que para Hades ficou o domínio sobre o mundo subterrâneo e os seres das sombras.
Mais tarde Hades desposa Perséfone (a Prosérpina dos romanos, também chamada Core ou Kore), filha de sua irmã Deméter (Ceres, para os romanos), e que ao seu lado tornou-se a rainha dos mortos. O casal não teve filhos.
(Fonte: Wikipédia)
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